segunda-feira, 30 de março de 2009

No caminho do poço de lágrimas

Eu corro sem saber porque
Escondo e fujo sem pensar
Talvez mil olhos em você
No infinito de um lugar

Me diga então qual é seu dom
Aponte o fim desta avenida
Tão doce não nos dá razão
Da dolorida pergunta concebida

Eternidade te angustia?
Inexistência também...
Viver pra nada
Morrer sempre por um bem?

Acredite, vi seu rosto contra nuvem
Forças que acredito me dariam um desejo
De ficar e conhecer a essência...
E o sabor do seu último beijo
Deixa eu brincar de ser feliz
Com maravilhas que não vejo
Esperando a hora de dormir
Para sonhar com seu primeiro beijo

E como escape do sofrer
Escolha qual contradição
Enquanto busco entender
Se existe paz na solidão

Se ainda não há quem analisa
Porquê do alto infinito
É que o acaso analisa
Esse passado tão bonito


"Não sei porque nessas esquinas vejo seu olhar"

3 comentários:

Danilo Taveira disse...

Maneiro os versos cara!
Com lgumas rimas ricas, engrandecendo o poema não apenas linguística como poeticamente, realmente muito maneiro!

Gostei principalmente da parte da contradição: "se existe paz na solidão"; muito bem sacada essa ideia!

abração.

Lucas disse...

O Danilo falou tudo que eu queria falar mas não conseguiria.

Muito bom mesmo Ruan!

Abraço

Nelson Borges disse...

Excelente Ruan,
só falta deixar de preguiça e escrever com maior frequência.
Estamos aguardando,
abraços.